COMUNIDADE DE BENS
Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens e os repartiam por todos, segundo a necessidade de cada um. Atos 2:44-45.
Da multidão dos que criam, era um só o coração e uma só a alma, e ninguém dizia que coisa alguma das que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns. Atos 4:32.
Compartilharás todas as coisas com teu próximo, e não dirás que as coisas são tuas próprias, pois se nas coisas celestiais são partícipes em comum, ¡quanto mais nas coisas do mundos! Barnabé (70-130 d.C.)
Compartilha o que tens com teu irmão, e não digas que o teu te pertence, porque se as coisas imortais lhes são comuns, com quanta maior razão deverá ser o perecível? Didaquê (80-140 d.C.)
Os cristãos… celebram as comidas em comum. Epístola a Diogneto (125-200 d.C.)
Agora pois, escutem-me e tenha paz entre vocês, e tenham consideração o um ao outro, e ajudem-se o um ao outro, e não participem do criado por Deus a sós na abundância, senão também compartilhem com os que estão em necessidade. Hermas (150 d.C.)
Esperem o Juizo que vem. Por conseguinte, os que têm mais do que suficiente, procurem aos famintos, enquanto a torre (a igreja) não está finda; porque uma vez que a torre tenha sido terminada, desejarão fazer bem e não acharão oportunidade de fazê-lo. Hermas (150 d.C.)
Agora nos consagramos ao Deus bom e ingênito; os que amávamos acima de todo o dinheiro e o benefício de nossos bens, agora, ainda o que temos o pomos em comum, e disso damos parte a tudo o que está precisado… os que nos odiávamos e matávamos, e não compartilhávamos o lar com ninguém de outra raça que a nossa, pela diferença de costumes, agora, depois da aparição de Cristo, vivemos juntos e rogamos por nossos inimigos. Justino Mártir (160 d.C.)
Por amor a outro o cristão se faz pobre a si mesmo, para que não passe por alto nenhum irmão que tenha necessidade. Compartilha, especialmente se crê que ele pode suportar a pobreza melhor do que seu irmão. Também considera que o sofrer de outro é seu próprio sofrer. E se sofre algo por ter compartilhado de sua própria pobreza, não se queixa. Clemente de Alexandria (195 d.C.)
Deus deu a seu próprio Filho a todos os homens, sem exceção, e criou todas as coisas para todo mundo. Por tanto, todas as coisas se devem compartilhar com todos e não devem os ricos apropriar-se mais do que é justo. As palavras: ‘Possuo, e tenho abundância, para poder desfrutar de minhas posses’, não convêm nem para o indivíduo nem para a sociedade. O amor fala dignamente: ‘Tenho, para poder compartilhar com os que padecem necessidade’... É monstruosidade que uma pessoa viva em luxo, enquanto outras vivem em necessidade. Clemente de Alexandria (195 d.C.)
Possuir, por uma parte, o suficiente e não se angustiar por tê-lo que procurar; e, por outra, socorrer aos que convenha. Porque, de não ter ninguém nada, que comunhão de bens poderia dar-se entre os homens?... Como dar de comer ao faminto, de beber ao sedento, vestir ao nu, acolher ao desamparado, coisas pelas que, de não se fazer, ameaça o Senhor com o fogo eterno e as trevas exteriores, se cada um começasse por carecer de tudo isso? Clemente de Alexandria (195 d.C.)
Os que compartilhamos nossas mentes e nossas vidas, os que não vacilamos em compartilhar todos nossos bens do mundos. Todas as coisas são comuns entre nós (os cristãos), exceto as mulheres: nesta só coisa em que os demais praticam tal companhia, nós renunciamos a toda companhia. Tertuliano (197 d.C.)
Para manter esta irmandade, Deus quer que façamos sempre o bem, nunca o mau. E Ele mesmo nos ensina em que consiste fazer o bem: ajudar aos humildes e desgraçados, dar de comer aos que não têm alimento. Sendo piedoso, quis que os homens vivamos em sociedade e que vejamos em cada pessoa nossa mesma natureza. Não merecemos ser livrados dos perigos se não socorremos aos demais; nem receber auxílio se o negamos nós. Lactâncio (304-313 d.C.)
VER TAMBÉM ÓRFÃOS E VIÚVAS; MATERIALISMO; OFERENDAS; VIDA DOS CRISTÃOS, O ESTILO DE