BANQUETES

Os romanos de classe alta desfrutavam de muito tempo para a diversão. Enchiam suas tardes e seus dias feriados de banquetes gulosos, do teatro e os esportes na areia. Seus banquetes podiam durar até dez horas. E não era coisa extraordinária o ter até vinte e dois pratos num só banquete, inclusive manjares extraordinários como ubre de porca e língua de pavão. Mas os cristãos não se deleitavam em tais coisas.

O Senhor Deus dos exércitos vos convidou naquele dia para chorar e prantear, para rapar a cabeça e cingir o cilício; mas eis aqui gozo e alegria; matam-se bois, degolam-se ovelhas, come-se carne, bebe-se vinho, e se diz: Comamos e bebamos, porque amanhã morreremos. Mas o Senhor dos exércitos revelou-se aos meus ouvidos, dizendo: Certamente esta maldade não se vos perdoará até que morrais, diz o Senhor Deus dos exércitos. Isaías 22:12-14.

Depois, quando te aperta o desejo de muitos negócios e o de muitas e custosas comilonas e borracheiras e de várias luxúrias que são impróprias… quando estas coisas, pois, entram em teu coração, sabe que o anjo de maldade está contigo. Hermas (150 d.C.)

Cristo não nos relatou simplesmente a parábola do homem pobre e o rico. Ele nos ensinou que ninguém deve levar uma vida luxuosa. Ninguém deve viver nos prazeres deste mundo e banquetes sem fim. Ninguém deve ser escravo de seus desejos e esquecer a Deus. Irineu (180 d.C.)

O Espírito Santo se compadece dos glútenes, e por boca de Isaías, chama-lhes miseráveis, recusando manifestamente o nome de ágape para seus banquetes, porque não eram conforme à razão: “Tenho aqui gozo e alegria, matando vacas e degolando ovelhas, comer carne e beber vinho, dizendo: Comamos e bebamos, que amanhã morreremos.” E como mostra de que considera um erro esta vida desenfreada, adiciona: “Este pecado não lhes será perdoado até que morram, diz o Senhor.” Clemente de Alexandria (195 d.C.)

Depois Cristo disse: “Quando ofereças um banquete, chama aos pobres.” Com esta intenção e não outra deve celebrar-se um banquete. Clemente de Alexandria (195 d.C.)

Os desgraçados, em mudança, os que expulsam a temperança dos banquetes, consideram vida feliz a total anarquia na bebida; para eles, a vida nada mais é do que festas, borracheiras, banhos, vinho puro, urinares, ociosidade e bebida. Clemente de Alexandria (195 d.C.)

Quem se estremecem ao som de as flautas, das harpas, dos coros , das danças, das castanholas dos egípcios, ou ao som de as diversões deste estilo, aturdidos ao ritmo de chimbais e tambores, e ensurdecidos pelos instrumentos do erro se voltarão totalmente insensatos, desordenados e ineptos. Semelhante classe de banquetes acabam por converter-se num teatro de embriaguez. Clemente de Alexandria (195 d.C.)

Vocês (os cristãos) não assistem aos jogos desportivos. Não têm nenhum interesse nas diversões. Recusam os banquetes, e aborrecem os jogos sagrados. Marco Minucio Félix, citando a um pagão antagonista (200 d.C.)

Quando aprenderá a temperança o que já está acostumado aos bons jantares e aos grandes banquetes? Cipriano (250 d.C.)

VER TAMBÉM EMBRIAGUEZ; GLUTONARIA; MÚSICA

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